05 setembro 2013

Estampa Digital - Nova Tendência

Olá...

Vocês já ouviram falar em Estampa Digital?

Pois é, vi um look recentemente da Nathália Rodrigues e fui dar uma pesquisada no assunto, achei bem legal, espero que vocês gostem também.

Nathália Rodrigues. Foto: AgNews

Estampas digitais são imagens impressas diretamente em tecido. Elas têm se tornado cada vez mais populares no mundo da moda e a tendência já chegou às passarelas brasileiras. O estilista Victor Dzenk é um dos precursores do uso da técnica – ele a utiliza há seis anos, desde seu primeiro desfile no Fashion Rio.
Victor contou como funciona o processo: “Digitalizamos a estampa e mandamos para o fornecedor. O tecido entra em uma máquina de impressão, parecida com uma impressora de fotos, só que da largura do pano. Depois de estampado, ele passa por um processo de lavagem para retirar uma película que é aplicada antes da impressão.”



Segundo Victor, uma das vantagens da estamparia digital é o fato de poder criar várias estampas para uma mesma coleção, pois não há custos extras para a abertura de quadros. Ignez do Prado, designer da Afghan, utilizou a técnica pela primeira vez no verão 2010 da marca e conta os benefícios: “Tenho mais liberdade de criação, acesso a uma cartela de cores maior e a transferência da imagem para o tecido é mais rápida.“

Bem legal né gente?!
Sem contar que as Estampas são super lindas e cheias de vida.

Por ainda ser relativamente novo, o processo da estamparia digital deixa o produto final mais caro. As tintas e máquinas envolvidas no processo são caras e isso se reflete nas peças. A estilista Cândida Andrade, que ficou famosa pelos sapatos que criou nos anos 80 e agora é estilista da marca Nymphe, faz ressalvas ao uso da técnica. “Na década de 80, eu já utilizava estampas fotográficas para contar histórias. Como não existia a técnica atual, eu usava transfer. Imprimia a imagem em um papel e a transferia para o tecido com o ferro de passar. Na Nymphe, uso a nova técnica desde 2008, em parceria com a Digitex.  Ela proporciona uma nitidez que a estamparia convencional não dá, ainda que se perca um pouco da qualidade em determinados tecidos. Qualquer foto fica boa, impressiona quem vê. O que tenho notado ultimamente é um desgaste da estamparia digital. Ela está sendo usada sem critério, vulgarizada. Não existe uma regra, mas é preciso ter coerência na hora de usar e impôr um limite.“
Para a coleção “Éden”, Cândida criou a estampa “Orquídea Psico”, composta por recortes de órgãos reprodutores de orquídeas.
O uso das reproduções fotográficas também está presente nos verões da Farm, com estampas inspiradas por Fernando de Noronha, Le Lis BlancCantãoLucy In The SkyKaramello,MarajoaraMythAddictDona Florinda e Turma da Malha. “Nossa coleção foi inspirada no nosso Brasil, na nossa cara, nossa terra e nosso país. Falamos do que o Brasil tem de melhor: da simplicidade que nos faz ser tão feliz e da sofisticação leve que só a gente sabe ter. Nesse contexto, não poderíamos deixar de falar do paraíso que é Fernando de Noronha, da paixão que temos por esse lugar. Por isso desenvolvemos uma estampa para ilustrar a cidade. Ela foi feita em estamparia digital, porque esse processo permite uma resolução muito melhor e é mais fiel à arte original. É um processo muito mais caro, mas justificou o investimento, já que as peças compõem a linha ‘Ateliê’ da Farm (itens feitos com cuidados especiais e exclusividade).“, conta Flávia Miranda, coordenadora do marketing da marca.


Para o futuro, a técnica se tornará mais barata e será mais usada. Essa é a opinião de Evando Abreu, sócio da estamparia Criata, a primeira empresa do Brasil com foco direcionado para impressão e tingimento digital em tecidos. Além de aplicar imagens em roupas, ele também cria banners. “Em maio de 2008, abri a Criata, voltada para a impressão em tecido. Resolvi focar nesta técnica pois ela é ecologicamente correta e reciclável. Em banners, por exemplo, posso usar pano no lugar de lona. Depois de usá-lo, posso tingi-lo o novamente, transformá-lo em roupas e sacolas ou doá-lo para uma comunidade. Quando usada em roupas, a estampa digital faz a peça ganhar qualidade. As cores ficam mais vibrantes, há um valor agregado. O estilista pode criar sem limite de cores e quantidades, o oposto do que ocorre em uma estamparia convencional. Além disso, qualquer imagem fica boa. Esse mercado ainda é pequeno no Brasil, mas vem crescendo. Acredito que, no futuro, o preço das máquinas e das tintas diminuirá e isso aumentará o uso da técnica. Ela tem uma boa relação custo/benefício.“, finaliza.

Será que a estamparia digital vai continuar crescendo e chegará às lojas de departamento? Ficaremos de olho.
Espero que sim, achei muito lindas!!! =D

Fonte: Modices

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